segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Rochedo


Monte de pedra fria,

Onde o mar arrebenta.

São lágrimas da minha agonia

São palavras da dor sedenta.

É a força de quem suporta o mundo,

É falar e louvar o silêncio,

Conseguir parar o mundo num segundo

Para consolar quem soluça imenso.


É enfrentar barreiras de espinhos,

Lutar contra o fogo para obter carinhos,

Abraçar almas despedaçadas.


Mas para quê ser tudo se não se é nada

Pois não há rochedo para esta naufragada

Que morre afogada nas suas lágrimas.