quarta-feira, 29 de abril de 2009

O Inatingível ( Parte III)


Se algum dia os meus olhos

Avistarem o deslumbre

Dos teus misterioso cabelos,

Seria como tocar-lhes e não vê-los.


E se algum dia a minha boca

Puder sentir o calor da tua,

Seria melhor que desvario de louca,

Seria como ouvir a força da tua voz nua.


Mas para quê sonhar, se nunca estarás no meu leito

Quando me levanto, quando me deito.

Quando dentro de mim lágrimas começam a brotar.


Mas essas lágrimas Amor são como rosas.

Como são lindas, tristes, desvairadas e formosas!

Rosas... que foram feitas por te amar...

O Inatingivel ( Parte II)


A minha mente dá-me a provar a maior liberdade,

Mas também me torna a maior prisioneira.

Deixando só um pouco de saudade

Do tempo em que era a maior guerreira,


Não posso guerrear por ti... não posso.

Sou demasiado fraca para lutar contra o destino.

Caindo pálida e triste na amargura de um fosso,

Como a noite de luar gélido e fino.


E porquê Amor?! Que loucura!

Porquê que quero provar o fel desta tortura?

Que é trazer-te preso a mim, transparente.


Pois não preciso de te sentir nos meu braços,

Mas só o facto de puder escutar os teus passos

Seria um consolo para a tragédia da minha mente.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O Inatingível


Uma visão... só uma visão...

Seria o suficiente para me pôr crente

Na tua existência, não na alucinação

De um dia te ter presente.


Desejando a tua realidade, o teu ser...

Saber que estás tão longe e tão perto

É como ter a minha essência a apodrecer.

Sei que é tudo tão errado e tudo tão certo...


No meu labirinto não entendo este sofrimento,

Se apenas me limito a trazer-te no pensamento,

Refugio de minhas mágoas e medos.


A minha alma só quer a tua presença

A prova científica da sua crença

E que não lhe escapes por entre os dedos.