domingo, 21 de dezembro de 2008

O miserável


Ser herege e desvairado

Cheio de loucura e traição,

Este meu ódio sagrado

Quer que passes para além do chão.


Minhas lágrimas beberás de um só trago

Saboreá-las-ás até morrer

Oh Miserável , seu excomungado!

Morro de desejo para te ver sofrer!!


O teu desespero chorou

E foi como uma agradável melodia que ao meu ouvido soou...

Oh miserável que malvada eu sou!!


Que a Terra te coma aos poucos

Escutarei teus gritos com ouvidos moucos

Algo que se ouviu e simplesmente passou...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O Principe da Escuridão


Tão perto e tão distante,

Como se os pensamentos voassem...

No negro caminho de ser tua amante

Tomára eu que os Deuses me amassem...


Chorei vidas eternas

Gritei vozes silenciosas

E tu porque desesperas?

Porque cravas almas lacrimosas?


E triste caminho , este é o meu fim!

Chorem todas as almas por mim!

Pois nunca niguém viu alma tão sofrida.


É tão profunda a dor deste meu coração,

Que nem o Principe da Escuridão

Ousou curar esta ferida!!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Rochedo


Monte de pedra fria,

Onde o mar arrebenta.

São lágrimas da minha agonia

São palavras da dor sedenta.

É a força de quem suporta o mundo,

É falar e louvar o silêncio,

Conseguir parar o mundo num segundo

Para consolar quem soluça imenso.


É enfrentar barreiras de espinhos,

Lutar contra o fogo para obter carinhos,

Abraçar almas despedaçadas.


Mas para quê ser tudo se não se é nada

Pois não há rochedo para esta naufragada

Que morre afogada nas suas lágrimas.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Auto-retrato











São dos meus olhos lacrimosos





Que saem meus medos e mágoas.





E dos meus lábios gelados





Saem dolorosas palavras.










Da minha face gelada





Escorregam sombras negras e pesadas,





Fruto de vozes silenciosas





Vindas de uma pessoa amada .










É esta a minha alma misteriosa





Tão perdida , tão lacrimosa





Que sofre por quem possui ignorância e não certeza.










Que essa medíocre sociedade





Tenha um pouco de piedade





Por quem é prisioneira da sua própria beleza.

sábado, 22 de março de 2008

Verdade Oculta


Minha sombra vagueia

Por corredores do Inferno

Já me deves ter visto nalgum lado,

Mas aquilo que olhaste não era eu.

Ou era, ou olhaste o que eu já fui...

Uma menina, sob as lágrimas silenciosas

de uma mulher.


Não sabes quem eu sou??!!

Sou os sussuros do outro mundo,

A voz sem palavras...


Já sabes quem sou??

Aquela que beijas eternamente,

Lágrima transparente

De uma verdade oculta existente.


Diz quem eu sou!!!!

Tenho em mim maldições ínfimas,

O terror do abandono que me condena

Sou tua , mas mais do que minha poderei eu ser?

Até que ponto estarei eu a alcançar a insanidade

Ou até que ponto estarei eu longe da minha verdade??


Ainda não sabes quem eu sou...

Não queiras saber,

Sou má demais para ser realidade

Pareço só um pouco de saudade

Do tempo feliz que um dia me abraçou.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Até nunca!!!!




Num cemitério encantado


Encontrava-o minha alma lacrimosa.


Em uma barreira deslumbrada


Sonhára eu tocar naquela fera tão formosa.




Ajoelhado sob estacas de prata


Com rios de sangue no olhar,


A natureza a ti fica grata


Pelo poder de te assombrar.




Mas meus mistérios da morte


Vieram para te desmembrar


Como ser deslumbrado nunca mais te vou amar!!!!




Esta foi a história longa


De uma voz que não se prolonga


Nem nas lágrimas te vou tocar...