terça-feira, 9 de novembro de 2010

A busca do sentidos

"Dust in the wind, all we are is dust in the wind."


As flores nascem, crescem, morrem...
As pessoas lutam, vivem, sofrem...
Não ouses voltar atrás, as portas estão fechadas.
Sobe na vida, e cai nas suas escadas.

Morre e volta a viver!
Não vale a pena viver se não se sofrer!
Sofre e serás alguém!
Vive a vida como ninguém!

Chora! A alma está cheia de sal!
O sal que torna a vida divinal!
Se não chorares és vazio,
Vês a vida passar como um rio.

Cresce e  desaparece!
Torna-te o pó que sempre foste.
Não adianta o desespero de tua prece.
Nunca escaparás da foice!

Desilude-te! Tudo é desilusão!
Não te cubras de luz. Viva a escuridão!
Abraça-te na sombra da maldade.
Pois tudo na vida é saudade...

Cala-te! As palavras voam em muitos sentidos!
Transmitem as promessas quebradas,
Das histórias dos corações partidos.

Tornar os sonhos realidade
E os pesadelos também...
Um dia será tudo saudade!

Saudade! Que quando não dá mais
Pelos olhos escorrega...
Que sentimento mais te integra?

A vontade de crescer sempre criança?
A vontade de voltar o tempo atrás?
O relógio não pára, avança!

Cai e volta-te a levantar!
Tudo se consegue, tudo se conquista
Só com a vontade de amar!

Crê num só Deus: Tu

Ouve uma só voz: A tua

O Mundo é feito de razão.

Mas tu és a razão.

Olha o Mundo e vê uma única imagem:

A minha!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Os olhos


Os olhos verdes da amargura

São como rubis ao luar,

Que durante a noite escura

Brilham de tanto chorar.


A ti estes olhos te pertencem

E é este triste o sentimento

Que eles veêm, e não mentem

Ao dizer que o amor é um tormento.


São vazios os olhos verdes,

Não têm doçura nem maldade,

Mas por eles,

Escorre a eterna saudade.

sábado, 20 de março de 2010

O Cadafalso


A fria lâmina do teu beijo,

O sólido mármore do teu corpo,

São o caminho para o cadafalso...

Choro impiedoso de um passo em falso.


E a espada cai em gotas de sangue,

Devoções a uma conspiração divina,

Cai agora leve e exangue,

Porque um dia será corrompida.


Mas para quê viver um amor tão profundo?!

Não quero gritar aquilo que sinto pois

Foi no meu olhar que se tornou soturno!


Querer-me assim despedir do Mundo!

Ficar sem cabeça como Ana Bolena,

Que por amor e ambição caíu bem fundo...